quinta-feira, agosto 31, 2006

Garotos prodígio, velhos playboy e coroas super-esticadas.

Naturalmente imagina-se que um homem como eu não assiste televisão, porque sou intelectual e intelectuais chatos como devem ser, jamais devem ter os mesmos hábitos do cidadão comum. Mas como fui criado por freiras cegas no alto de montes escandinavos, me tornei uma exceção à regra e assisto à televisão regularmente, acomodadíssimo em poltronas feitas com couro de lhama peruana, instaladas em meu cinema particular. Enquanto estava trocando entre canais que exibiam belos exemplares de fêmeas humanas quase nuas, dei de cara com um programa que ostentava um menino de 5 anos que pasmem, aprendeu sozinho – repito: aprendeu sozinho – a contar até 10. Diziam que era um gênio, até mesmo uma das juradas mais gabaritadas, ex-dançarina de uma banda quase famosa de axé, encheu a boca pra dizer: “Taí, quando eu crescer vô sê qui nem ele ó”.


Garoto prodígio.


Logo me lembrei daqueles setentões que ficam sentados na praia, jogando “charme” para as menininhas de 13 anos que passam nas proximidades. Eles não perdoam, atacam vorazmente qualquer coisa que respire e seja do sexo feminino (essa última parte não é seguida por todos, ainda há aqueles que se aventurem com garotões). Pô, qual é a desses caras? Se playboy quando jovem já não é uma coisa “bonita”, depois de velho nem se comenta.

Também existem as velhotas se passando por jovenzinhas, essas se esticam tanto que se piscarem um olho, tem que levantar uma perna. Falam e agem como se tivessem 12 anos, cheias de coisas “fofinhas”. Acho que ficariam muito mais interessantes se ao invés de ficarem parecendo com o michael jackson, tentassem se parecer com uma bela mulher qualquer.


HAHAHAHAHA!!!


Não quero parecer conservador aqui, como se tirando o direito das pessoas de serem e pensarem o que quiserem. Só que ao longo de meus muitos anos de vida, comecei a ter uma boa noção do que é ridículo e o que não é. Uma coisa, por exemplo, que foi muito ridícula e me marcará pra sempre, foi ter andado pelado, sujo de lama, de mãos dadas com uma hippie gordinha no woodstock, mas isso não precisa ser contado.

“Pra tudo há seu tempo” Alexandre Frota, filósofo consagrado.