sexta-feira, agosto 04, 2006

Hostilidades orientais, esquimós e o vivído escritor.

Não é mais surpresa para ninguém, pegar um jornal qualquer e dar de cara com uma notícia do tipo “Pelo menos 784 mortos hoje em ofensiva israelense”. Já se tornou parte do dia-a-dia do cidadão comum. Coisa normal, como se fizesse parte dos acontecimentos rotineiros de todo mundo.

Bom, mas há um grande problema nisso, pois essas notícias estão seriamente ameaçadas, fazendo com que nossas rotinas e planos de vida saiam dos eixos. Daí você se questiona, por que esse maldito ta falando isso? É simples, ora bolas! Por que logo vão acabar os israelenses, iraquianos, e todo aquele mix de etnias e culturas que brigam por aqueles lados de lá. Ou então vai acabar armamento e munição, fazendo com que ninguém mais morra (exceto se apelarem pra briga de foice, facão, tijolada e etc. Mas seria muito estranho e nostálgico ler algo do tipo nos dias de hoje, “Morrem 946 pessoas, após enorme briga de canivete”). Daí já é fácil saber o porquê estamos fadados a ficar sem tais notícias já costumeiras né?

Sugiro que depois que tais notícias não existirem mais, que os jornalistas ocupem os lugares desfalcados pelas anteriores, com umas de fofoca sobre a vida dos esquimós. Por que ia ser demasiado legal ver uma seção de fotos sexy de uma bela esquimó, ou então uma matéria especial sobre um urso polar mutante, que depois de ser adotado por uma família de esquimós, com apenas dois anos de vida, já tinha escrito quinze best-sellers, entre eles: Como pegar um bom peixe, em 8 passos; Nadar ou correr, eis a questão; Saiba escolher qual o melhor caçador, humano, para se devorar.


O pequeno urso mutante, Popô.


Família da alta-sociedade esquimó.


Posso ter certeza que essas notícias iriam agradar a população mundial, porque após minha participação ativa no PPRK (Partido Popular Revolucionário do Kampuchea), onde liderei ferozmente toda a movimentação “dos doidin muito loko mano” para que a França finalmente concedesse a tão ansiada independência cambojana, eu percebi que havia uma carência enorme da população mundial, de ter notícias mais íntimas sobre esquimós e a vida que os circula. Também foi nessa época que me tornei um profundo conhecedor da vegetação nativa do rio Mekong, após ter domesticado cinco girafas anãs, que vivem no lado leste da montanha onde morava meu amigo e parceiro de inúmeros jogos de bocha, Marechal Lon Nol.

Sim, além de tudo, eu ainda sou um exímio jogador de bocha. Oh, nunca irei esquecer aquelas noites embriagadas, jogando contra times de venezuelanas nuas. Aiai...