segunda-feira, agosto 21, 2006

Pirataria é crime, não ataque navios.

Dando uma volta com meu novíssimo submarino nuclear, que tem todos os opcionais e foi o modelo do ano, me peguei filosofando cretinamente sobre piratas. Meninos muito espertinhos que navegavam por aí em alto mar, subtraindo o patrimônio alheio, aterrorizando mocinhas e fazendo marinheiros bonzinhos andarem na temida prancha.

Aqueles de perna de pau e tapa-olho ameaçavam de verdade a sociedade, ao contrário desses de hoje, que espalham a cultura a preço de banana. Por exemplo, os piratas modernos conseguem vender um DVD que custa r$ 80,00 nas lojas, por apenas dez reais e se você tiver um belo par de peitos, olhos azuis e for uma loirassa, ainda consegue levar o mesmo artigo, por apenas cinco reais.


Técnico de futebol falsificado.


Se eu fosse um artista famoso e em minha rotina tivesse incluído essas coisas chatas de lançar CD, DVD e etc. não ia lançar só o original, mas também o meu próprio pirata. Seria uma espécie de pirataria oficial, onde eu ia ficar com os lucros de todos os loucos e ricos que pagam cinqüenta reais, mas também somaria a quantia de todos os lúcidos que pagam só cinquinho.

Com certeza essa minha tática ia ser um sucesso por completo, em menos de uma semana eu ia estar no faustão, chorando aos montes vendo toda minha família, amigos, amigas tailandesas e mestres budistas falando maravilhas sobre mim. Ah, e as músicas seriam clássicos da mpb, compostas pelos gênios do calypso, latino, “cumpádi uóxiton” e por último, mas não menos importante, a inteligentíssima motorista do meu patinete particular. Ia ser o maior fenômeno da indústria fonográfica brasileira de todos os tempos.