segunda-feira, agosto 07, 2006

Violência se mantém estável em todo o país.

Estava eu sentado em minha mansão, num ponto estratégico, de onde tinha uma visão magnífica do meu belíssimo litoral artificial (construído a mão por dinamarquesas gigantes) quando uma idéia surgiu em minha cabeça. Seria de grande utilidade pública, o surgimento de uma ciência como a metereologia, mas que estudasse a situação do crime nas cidades brasileiras. Sim, seria uma espécie de crimeologia, para que quando você fosse sair de sua humilde residência, já pudesse saber quais são as verdadeiras chances de ser atingido por um tiro no pâncreas, ser assaltado ou queimado vivo.


“Aí doidin, perdeu perdeu, passa tudo... sinão eu ti mato ocê!”


Imagine uma loira graciosa, informando o seguinte no jornal: “em Belo Horizonte o dia vai ser quente, com agressões gratuitas e assaltos pela manhã, fechando o dia com leves churrascos de ônibus.” Oh, isso seria demais! Imagine só, uma previsão completa, contendo até mesmo o saldo de sangue perdido no final do dia.

Só os caras do Primeiro Comando da Capital (vulgo PCC) é que não iriam achar graça nenhuma nessa história. Veja quanta ousadia contra eles, tentar prever quais seriam as ações desses mocinhos rebeldes, no mínimo, ficariam super indignados. Mas é claro, nem mesmo uma rebeliãozinha iam poder fazer à vontade, sem ter de prontidão, um enorme batalhão de choque pronto pra “descer a mão” neles. Veja só quanto disparate não poder nem mesmo queimar um ônibus com a galera, sem ter o risco eminente de ser incomodado por algum “homem da lei”.


Rapazinhos fora da lei.


Minha aspiração máxima nesse momento é a de nomear meu assessor para assuntos de “sinuca e torresmo”, Vitão Pedrada, para o cargo de General-que-trata-de-rebeliões-e-afins. Vitão ia restaurar a ordem nos presídios e penitenciárias, à base de muita psicologia e conversa, é claro. Técnicas como "se não ficar quietinho toma chicotada" e "ou larga essa faca ou morre" iam ser utilizadas em larga escala.

Agora terei que interromper esse texto, pois tenho que ir correr pela equipe da Etiópia em uma competição de revezamento quatro por cem, sobre gel de cabelo e já estou atrasado.

Mas é sempre bom lembrar que a esperança é a única mentira que nunca sai de moda!